Virou lei no ES: igreja é serviço essencial
Uma lei sancionada pelo governador Renato Casagrande, incluiu templos religiosos e igrejas na lista de atividades essenciais no Espírito Santo. Com isso, as instituições podem manter o atendimento presencial, mesmo diante de uma calamidade de saúde pública, como na pandemia da Covid-19.
A exemplo de estabelecimentos que não tiveram o funcionamento proibido durante a pandemia por serem considerados essenciais estão supermercados, farmácias e postos de gasolina.
A lei prevê que pode ser estabelecido um limite no número de pessoas que frequenta as igrejas e os templos, de acordo com a gravidade da situação.
Para o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, apesar da lei, a recomendação ainda é evitar missas e cultos, por causa da quantidade de pessoas no mesmo ambiente.
“Neste momento, não é adequado a realização de cultos presenciais. No entanto, nunca estiveram proibidas as realizações. As autoridades sanitárias realizam uma recomendação de não realização de atividades presenciais em municípios de risco alto e moderado. Essa recomendação está mantida mesmo com a publicação da lei”, explicou o secretário em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (20).
Adaptações
Em uma igreja evangélica na região de São Pedro, em Vitória, a capacidade máxima, agora, é de 40 fiéis.
As cadeiras ficam separadas a uma distância de 1,5 metro e há novos horários de culto aos domingos, para que mais pessoas possam participar. O tempo de duração das celebrações também foi reduzido.
“O tempo de duração do culto nós reduzimos de duas horas para 50 minutos. Todas as entradas da nossa igreja se encontram abertas, mesmo com o ar condicionado funcionando, para manter a ventilação. Não há cumprimento, contato algum entre os fiéis”, explicou o pastor William Vieira.
Para ele, a lei traz segurança para as igrejas continuarem atendendo. “Fico muito feliz, porque traz tranquilidade para o nosso trabalho”.
Na manhã desta terça (21), o arcebispo de Vitória enviou carta aos padres da Arquidiocese de Vitória com orientações para atendimento aos fiéis, inclusive nas missas e celebrações da palavra.
“Neste tempo em que pedem de nós igrejas abertas, o retorno das celebrações da Eucaristia e da Palavra, dos sacramentos, enfim, de toda a vida eclesial, devemos ser responsáveis e atentos, pois o desafio da pandemia ainda bate à nossa porta [….] Esperamos ansiosos pelo momento em que poderemos receber as pessoas em nossas Comunidades Eclesiais de Base, reunir o podo para as celebrações e momentos de oração”, diz a carta.
Com informações G1