Precisamos assumir o protagonismo político no Brasil.
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”
Tg 4.17
Nem sempre pensamos assim, por muito tempo um espírito de entorpecimento cegou a visão cristã evangélica sobre a política brasileira, que, sob a danosa frase: “política é coisa do diabo”; desceu a ladeira da moralidade até os níveis mais baixos jamais imaginados.
O povo santo, escolhido para ser o representante do Reino dos Céus na terra, em similaridade à postura das boas árvores da parábola de Jotão (Jz 9.7-21), abriu mão do seu direito divino de liderar a sociedade brasileira nos caminhos e no temor do Senhor, para assistir, de mãos quase amarradas, a escalada da corrupção e a terrível infiltração do mal em nossa sociedade e até em nossas famílias.
Toda essa desgraça social e caos moral que vivemos, no Brasil, hoje é a herança que nos sobrou das obras produzidas pelo espinheiro que assumiu o lugar que lhe demos; um trono sobre nós próprios. Satanás deve ter ficado muito feliz quando ouviu a liderança evangélica brasileira ensinar, nos seus sermões semanais, que a política era do diabo. E, mesmo sabendo que não tinha direito legal para tal, ele acabou sentando no trono das nossas vidas públicas e começou a “ditar as regras”. “Saia fogo de mim e destrua todos vocês” – disse o espinheiro (o nosso adversário).
O fogo que, por meio da política, saiu de Satanás (o espinheiro) nos últimos anos, destruiu as nossas escolas, destruiu o nosso jornalismo, destruiu os nossos jovens, destruiu a nossa cultura, destruiu a nossa economia, destruiu a nossa polícia e praticamente destruiu as nossas próprias casas e famílias.
Num gesto de graça e misericórdia de Deus, nós acordamos a poucos anos atrás, quando vimos o espinheiro querendo trocar a sexualidade de nossas crianças dentro de nossas casas. Foi por pouco!!!
Fico me perguntando sempre: “onde estávamos que permitimos que o diabo avançasse assim e fosse tão longe?”. Alguém disse que as vezes Satanás abusa. Não, ele não abusa as vezes. Ele abusa sempre.
Em poucos dias, o Brasil promoverá mais uma eleição. Os mais de cinco mil municípios desse país continental escolherão seus novos representantes do executivo e do legislativo municipal. E agora, como nos comportaremos? Seremos protagonistas dessa vez, ou, como já fizemos tantas vezes, seremos apenas passageiros da agonia?
Antes de respondermos, quero citar alguns textos bíblicos que nos indicarão a decisão a ser tomada.
Mt 5.13-16 – “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.
A Igreja é o agente divino que tem a missão de determinar os destinos de uma Nação. Assim como o sal, ela precisa ser protagonista, assumir a frente, determinar o sabor. Como luz do mundo, além de revelar a verdade, precisamos apontar o caminho. Isso não é papel de quem é cauda, isso é papel de quem é cabeça (Dt 28.13). Ser luz do mundo é papel de protagonista. Se não servirmos para sermos protagonistas, para mais nada servimos, a não ser para sermos pisados pelos homens.
Nesse ponto da história alguém pode dizer que agora é tarde demais; e, nos fazer acreditar nessa mentira, deve ser o plano de Satanás para não perder o cetro do governo que recebeu (Lc 4.6), mas Deus garante que tudo pode ser resolvido, basta a igreja se posicionar:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” – 2Cr 7.14