Os Negócios Podem Transformar o Mundo
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Pergunta sobre a pobreza global: ela diminuiu, permaneceu a mesma ou aumentou em nossa geração?
Resposta: A pobreza global diminuiu drasticamente, passando de 1 em cada 3 pessoas sendo pobres em 1990 para agora apenas 1 em 10. A maior redução da pobreza na história da humanidade aconteceu em nossa geração, não por meio de ajuda, mas através do comércio.
Hoje, a maioria das pessoas no planeta está melhor em termos de longevidade, saúde, moradia e alimentação do que uma geração atrás. E o fator essencial para essa transformação é o negócio. As empresas têm uma enorme capacidade de criar diferentes tipos de riqueza.
Como diz o Manifesto da Criação de Riqueza:
“A criação de riqueza por meio dos negócios tem um poder comprovado para tirar pessoas e nações da pobreza.”
O que é riqueza? Ela é mais do que dinheiro. Você pode ser financeiramente rico, mas socialmente pobre – sem amigos. Você pode ser financeiramente pobre, mas espiritualmente rico – conhecer Jesus.
A Bíblia fala sobre riqueza de três maneiras: uma é ruim e duas são boas.
Acumular riqueza é a forma ruim. O desejo egoísta de ter mais para si mesmo. Mais, mais.
Compartilhar riqueza é bom e incentivado. Doar, ser generoso. Mas não há riqueza para ser compartilhada, a menos que ela tenha sido criada. E a criação de riqueza é tanto um dom divino quanto um mandamento de Deus.
Quando o povo de Israel estava para entrar na Terra Prometida, Deus lhes deu instruções específicas. Eles deveriam desenvolver negócios – agricultura e mineração são mencionadas – e a riqueza seria criada. Mas Deus os advertiu para não se tornarem orgulhosos ou egoístas, porque a capacidade de criar riqueza é um dom de Deus. Deus é o dono supremo, e devemos criar e compartilhar riquezas para abençoar todas as nações.
Isso não é um evangelho da prosperidade ou uma teologia da riqueza e saúde. Trata-se de administrar talentos e recursos com sabedoria, e de “buscar o bem-estar da cidade”, como Deus disse a Israel quando estavam no exílio em uma terra estrangeira. Isso tem raízes profundas na tradição judaico-cristã.
O culto não é apenas entretenimento santificado. O trabalho é adoração. Avodah. Esta palavra hebraica e conceito judaico significam que o trabalho é uma forma de culto, pois servimos a Deus e às pessoas. A vida é um todo integrado: trabalhar, adorar e servir. Avodah!
No judaísmo, a forma mais elevada de caridade não é dar esmolas, mas fornecer empregos. Ou, como diz o Papa Francisco:
“O negócio é uma vocação nobre, voltada para a produção de riqueza e a melhoria do mundo.”
Há um conceito judaico chamado tikkun olam, que significa co-criar com Deus, construir a ponte entre o que é e o que deveria ser. Tikkun olam significa reparar um mundo quebrado, trazer cura. A oração do Pai Nosso é uma oração de tikkun olam: “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” É uma invasão divina no mercado, em direção ao florescimento humano. Tikkun olam.
Isto é teologia, antropologia e vocação. É sobre quem Deus é – o Criador, quem nós somos – criados à Sua imagem para sermos criativos, e nosso chamado – pregar, demonstrar e estender o Reino de Deus em todas as esferas da sociedade e entre todos os povos.
O Manifesto da Criação de Riqueza diz novamente:
“Fomos criados à imagem de Deus, para co-criar com Ele e para Ele, para criar produtos e serviços para o bem comum. A criação de riqueza é um chamado sagrado e um dom de Deus, que é recomendado na Bíblia.”
Nossas visões sobre riqueza, criação de riqueza e criadores de riqueza são importantes e fazem diferença na vida real. Compare a saúde e a riqueza de nações com a mesma cultura e idioma, como Coreia do Sul e Coreia do Norte, e Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. Testemunhamos como o presidente Mugabe transformou o Zimbábue de um celeiro agrícola em um caso perdido. A Venezuela, rica em petróleo, é outro exemplo trágico de como o desrespeito aos princípios básicos de criação de riqueza pode destruir um país.
Criar riqueza é mudar a perspectiva: não estamos perguntando como podemos combater a pobreza, mas sim como podemos criar diferentes tipos de riqueza: financeira, social, cultural, intelectual e espiritual, ao fazermos negócios. Os negócios são um meio de criar riqueza – e isso faz parte do plano de Deus.
Deus nos chama e nos equipa para encontrar soluções de negócios para o tráfico humano, o crescente desemprego juvenil, os desafios ambientais e para servir povos não alcançados.
Por isso, estamos engajados em investimentos e na criação holística de riqueza. Acreditamos que os negócios podem e devem atender a diversas necessidades humanas, com uma preocupação especial pelos menos favorecidos, os perdidos e os mais necessitados.
Criar riqueza, fazer negócios com uma missão divina, honrando a Deus e buscando o bem comum, é sobre amor. Sim, trata-se de ser um canal do amor de Deus para o mundo. Como diz Santo Agostinho:
“Como é o amor? Ele tem mãos para ajudar os outros. Tem pés para se apressar em ajudar os pobres e necessitados. Tem olhos para ver a miséria e a necessidade. Tem ouvidos para ouvir os suspiros e tristezas dos homens. Isso é amor.”
E lembre-se: o cristianismo não é um programa de autoajuda – Cristo é para o mundo. Deus ama o mundo, e Ele nos envia para amar o mundo, pregando, demonstrando e estendendo o Reino de Deus – também através dos negócios, investimentos e criação de riqueza.
Fazer crescer empresas não é para a nossa glória, mas para a glória de Deus – e isso pode mudar o mundo.
O florescimento humano requer a criação de riqueza de todos os tipos, e a criação de riqueza exige negócios, e os negócios exigem capital financeiro para começar e crescer. Tudo para a maior glória de Deus.
Mats Tunehag
Fonte: Wealth Creation Manifesto
Mats Tunehag é presidente do BAM Global e já trabalhou em mais da metade dos países do mundo. Desde seus primeiros trabalhos na Ásia Central nos anos 1990, ele desenvolveu inúmeras redes e iniciativas de BAM (Business as Mission) em nível nacional, regional e global. Ele atuou como consultor para grupos envolvidos em negócios, investimentos, pesquisa e desenvolvimento de parcerias. É o principal arquiteto do Business as Mission Manifesto e do Wealth Creation Manifesto, que formam a estrutura conceitual do movimento BAM global.
Mais informações: www.matstunehag.com/about/