Missionários em Honduras evangelizam através do esporte para resgatar jovens do tráfico de drogas
No bairro ainda sem água encanada e com péssima infraestrutura se deu início o trabalho missionário Por Amor a Honduras, única base brasileira na 6ª cidade mais violenta do planeta.
Em 2010, um agente Imobiliário capixaba, da cidade de Guarapari, em um excelente momento profissional, decide abandonar a tudo e dirigir-se com sua família para Tegucigalpa – Honduras, país Centro-americano, entendendo que o tempo de Deus para a obra missionária transcultural havia chegado à família que já havia servido em Missões Nacionais.
No dia 20/01/2011, Rosiane e Gustavo Souza, pisaram pela primeira vez a capital de Honduras, sem possuir qualquer vínculo com a cidade.
Ao sobrevoar a cidade antes de aterrissar a pobreza facilmente se percebia, na cidade que ocupa o antigo território dos Índios Maias. A violência alarmante era o assunto mais comentado. Nos primeiros meses de 2011 estatísticas indicavam que a cada 20 dias matavam um pastor evangélico em Honduras. Reuniões de emergência se realizavam entre os pastores buscando estabelecer um meio de minimizar o problema.
O casal visitou no interior, a tribo Indígena dos Tolupanes, em situação de extrema escassez. Visitou o Lixão de Tegucigalpa em um evento evangelístico, e se dedicou a conhecer a Honduras à medida que os recursos lhes permitiam.
Aos seis meses o local onde estabelecer a frente missionária, Monte de Los Olivos, foi identificado, no alto de uma montanha, entre os bairros nascidos para abrigar os que perderam tudo no Furacão Mitch, que devastou Honduras em 1998. No bairro ainda sem água encanada e com péssima infraestrutura foi se deu inicio a Por Amor a Honduras, única base brasileira na 6ª cidade mais violenta do planeta. Desde então da periferia marginalizada diversas iniciativas tem surgido no objetivo de favorecer a toda uma nação.
Uma das estratégias utilizadas: o Evangelismo por meio do futebol. Incentivado pelo Ministério Copa Evangélica do Rio de Janeiro, presidida pelo ex-jogador do Fluminense Bruno Brito, Por Amor a Honduras, seguiu firme neste trabalho e tem alcançado na atualidade a 140 jovens em risco social, que todos os sábados escutam a palavra de Deus por meio de uma equipe de brasileiros e hondurenhos voluntários que integram a Igreja Implantada. A maior parte dos voluntários hondurenhos, cooperadores do projeto, tem familiares próximos que foram assassinados em Honduras. Entendem o mundo dos jovens e podem interagir com eles com facilidade.
As “Maras”, gangues atuantes principalmente nas grandes cidades, fazem tombar a muitos jovens diariamente, cobram “impostos de guerra” dos comerciantes e taxistas, e espalham o terror entre os hondurenhos. Na ultima década cerca de 50 mil hondurenhos morreram vitimas da violência da qual estas gangues são protagonistas.
Nos últimos dias Amilcar Flores Andino, jovem alcançado por esta obra missionária foi brutalmente assassinado a poucas horas do Acampamento, organizado pela frente missionário, nos dias 30/04 e 01/05/16. Ele supostamente morreu por residir em um bairro dominado por uma gangue rival. Outros quatro jovens foram assassinados na mesma noite. Uma das equipes do projeto estuda se retirar por estarem ameaçados também de morte pelo mesmo motivo. O simples deslocamento de um bairro para outro pode despertar a sede por extermínio das Maras. Isto pode ocorrer inclusive no campo de futebol da comunidade de Monte de Los Olivos, utilizado pelo projeto.
Com todas as pressões, o trabalho tem frutificado entre os jovens. Vários tem confessado a Jesus como Senhor, e o comportamento dos mesmos têm mudado significativamente. Diversos, espontaneamente, tem demonstrado arrependimento e o desejo de uma vida nova nos caminhos do Senhor.
O projeto se mantém com ofertas predominantemente do Brasil, e necessita imediatamente de novos parceiros para seguir frutificando. Surge a necessidade de oferecer aos jovens cursos profissionalizantes como alternativa a não se envolverem com a criminalidade. Alguns recebem a U$ 150,00 semanais no tráfico de drogas. Abandonar o tráfico de drogas e não ter emprego os torna muito vulneráveis. Honduras tem a menor economia da América Central e um índice terrível de desemprego que afeta a expectativa dos jovens levando-os a tentar migrar para os Estados Unidos ou envolver-se com o crime.
À parte dos recursos para os cursos profissionalizantes, Por Amor a Honduras constantemente necessita de novos uniformes, bolas, material esportivo em geral, e coloca como prioridade parceiros ministeriais, para conseguir remunerar ao menos dois dos seus missionários hondurenhos voluntários. Com os missionários a tempo completo poderiam ampliar o projeto para 280 inscritos atendidos nos demais dias da semana. Necessitamos de computadores e de instrumentos musicais. A Igreja ainda não os possui – com os instrumentos poderíamos melhor envolver os jovens nas atividades da Igreja local.
Surpreende aos Missionários, Gustavo e Rosiani Souza, os altos salários da Cúpula da Igreja Brasileira, os carros de luxo, o excesso de gastos supérfluos, a quantidade de artistas, a ênfase a construções de mega templos às vidas e o pouco investimento na obra missionária transcultural. Com maior mobilização poder-se-ia fazer muito mais pela juventude de Honduras e expandir o projeto para outros setores de Honduras. Se você ou sua organização deseja saber mais sobre Honduras e este projeto missionário, entre em contato pelo e-mail loveforhonduras@ gmail.com .