Confira a entrevista com Abdullah Hassan ex-homem bomba
“A única forma de ganhar um muçulmano para Jesus é através do conhecimento bíblico e amor”
Abdullah Hassan, pseudônimo usado por motivos de segurança, é um ex-muçulmano, que nasceu em um hospital cristão no Líbano, se converteu no Brasil ao cristianismo no ano de 2008. Hoje atuando como professor e palestrante, também compartilha seu impactante testemunho de transformação através do evangelho.
Nasceu em uma nação que não sabe o significado de paz, se alistou para fazer parte de um movimento para a libertação de seu país, sua vida foi o resultado da violência promovida por homens gananciosos que lutam por uma causa individual usando a bandeira religiosa.
Superou rígidas etapas seletivas de guerra onde se destacou sendo escolhido para a mais alta patente: Tornar-se um homem-bomba. De fato honrou com sua missão até o nível final, porém o explosivo falhou. Abandonando seu País de origem agora por uma questão de sobrevivência, passou por países como Colômbia e Paraguai, submetendo-se a experiência amarga de uma vida de crimes, contrabando, trafico de drogas, fugas, prisões, facadas e morte até a chegada do plano Divino para sua vida.
Mas foi no dia 27 de junho de 2008, em uma noite fria, que no fundo do poço, drogado e embriagado, cansado de uma vida sem rumo e direção que jogou fora seu cachimbo se ajoelhou na rua levantando as mãos mesmo sem saber, fez uma oração. Na sua oração ele dizia que não sabia quem estava lá em cima, mas sabia que existia um Deus que lhe criou, sabia que estava sendo ouvido, por isso, pedia “Não vire as costas para mim, nem feche seus olhos para mim, não da para viver dessa forma, se você é Allah, ou Buda, ou Jesus filho de Maria, eu preciso de ajuda”. Cansado da vida que levava, tentou varias vezes a morte, entendeu que não dava mais para viver daquela forma. Ao terminar sua oração foi novamente fumar, e procurar um plástico para se proteger do frio. Passado alguns dias, foi para onde estava sua quadrilha em uma casa velha abandonada cheia de lixo na comunidade do irmãozinho, quando chegou um carro brasileiro de um Pastor e seu amigo Árabe que muitas vezes tinha falado do cristianismo para ele. Quando avistou o carro com a placa de São Paulo, o pensamento era de executar a pessoa, vender o carro, e jogar o corpo no Rio Paraná, Mas para sua surpresa, quando se aproximou foi indagado pelo Pastor. Você é o Abdullah? (…) Deus me mandou te buscar. Mesmo resistindo por não acreditar no amor de Deus para sua vida, em momento de crise e pensamento de homicídio, Deus o fizera lembrar-se de sua oração. Ele e seu amigo foram levados para um centro de recuperação.
Existe uma burocracia por conta dos governantes em proibir a igreja de evangelizar ao redor de Mesquita?
Abdullah Hassan : Mesmo sendo cidadão do Brasil, você não pode entrar na Mesquita e pregar o evangelho (…) O que fazemos ? Nós os pegamos para ter amizades com famílias Árabes… Tem uma área que você tem que respeitar que é a cultura Árabe (…). Nós não vamos entrar em uma mesquita e pregar o evangelho. Nós podemos entrar na Mesquita depois de toda oração e da palestra que eles dão, podemos pegar um tempo com um líder e fazer perguntas para ele sobre Jesus, falar da nossa ideia sobre Jesus (…). Agora eles não respeitam a nossa atividade religiosa, eles entram na igreja e pregam o Islamismo.
A religião Muçulmana ela tem autorização, pode pregar em qualquer país, e ela não é autorizada a ouvir outra religião. Vai lá à Arábia Saudita e tenta fundar uma igreja? Não dá, mas eles são autorizados a fazer fora. Mas ninguém tem autorização para fazer no meio deles.
E verdade que está tendo uma grande migração de cristãos para o Islamismo em Foz do Iguaçu?
Abdullah Hassan : Tem. Os muçulmanos eles tem uma coisa que nos não temos que se chama projeto paciente. Ele é tipo câncer, devagarzinho. Eles começaram em Foz do Iguaçu com cinco pessoas, hoje é a maior colônia mulçumana aqui na tríplice Fronteira em Foz do Iguaçu.
Como podemos alcançar os muçulmanos que vem para o Brasil?
Abdullah Hassan . Eles precisam de abrigo, precisam de comida. Mas a maior coisa que eles precisam é o amor, a religião mulçumana pode ajudar eles com abrigo e comida, mais ela não vai conseguir ajudar a eles com o que nós temos que é o amor.